O título e a capa deste livro contribuem para nos interessarmos, desde logo, por esta leitura. As cores, a imagem e o jogo de palavras sugerem uma aura de mistério que estará, de facto, presente ao longo de toda a narrativa.
O dia em que perdemos a cabeça é uma alusão literal e psicológica que toma parte de toda a
ação do livro.
Nesta narrativa confluem três ações
diferentes que tem lugar em espaços e tempos diferentes. Estas ações são delimitadas
pela alternância de capítulos. Os capítulos são curtos e muito intensos o que
acaba por deixar o leitor muito atento e sedento de mais história.
A premissa “principal” é insólita. Um
homem caminha nu com uma cabeça na mão no dia 24 de dezembro. As teorias
surgem, de imediato e à velocidade da luz. Somos arrastados para uma atmosfera
de mistério, sem que inicialmente, consigamos perceber muito.
Como seria de esperar, e sem oferecer
resistência, este homem é preso e levado para interrogatório. A investigação
posterior é conduzida pelo psiquiatra Dr. Jenkins e pela agente do FBI,
Stella Hyden.
Enquanto decorre o interrogatório, há
muitos acontecimentos que vão sendo explicados. Tanto em processo de analepse,
como em simultâneo, mas num outro espaço. Ou seja, tudo tem origem em 1996 na
cidade de Salt Lake. Acontecimentos fortuitos que ocorreram há dezassete anos,
explicam o presente e, aos poucos, vamos percebendo que nem tudo o que parece é
e todas as teorias que criamos em nada correspondem à realidade.
É de facto um livro muito bem
construído e muito bem escrito. Já há algum tempo que não tinha esta sensação
desenfreada de ler sem nunca parar. Toda a estrutura do livro é dinâmica, cada
capítulo situa-nos no tempo e no espaço, os personagens movem-se como num jogo
de xadrez e o final não se deixa adivinhar antes do tempo.
O dia em que perdemos o amor é a continuação deste thriller magistral. Preciso urgentemente de o ler para tentar resolver algumas pontas soltas do primeiro livro e descobrir qual será o destino das personagens envolvidas.
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