Avançar para o conteúdo principal

Tudo o que nunca fomos - Alice Kellen

 


Quando vi a sinopse deste livro achei que fosse mais uma história cheia de drama e clichês mas não podia estar mais enganada. Este livro foi uma agradável surpresa porque aborda temas difíceis de uma forma suave e bonita.

Leah e Oliver veem a sua vida virada do avesso quando os pais morrem num acidente de carro. As consequências são devastadoras e muito diferentes em ambos. Oliver “obriga-se” a crescer e mascara a dor através das responsabilidades assumindo a posição de tutor da irmã, ao passo que Leah, mergulha num estado de isolamento e de profunda apatia.

Leah que sempre adorou pintar a vida de todas as cores, deixa de o fazer.

Com contas para pagar e com a responsabilidade de garantir um futuro para a irmã, Oliver aceita uma proposta de trabalho longe de casa. Axel, o melhor amigo de Oliver, aceita “tomar conta de Leah” durante a sua ausência.

Axel tem agora uma missão. Resgatar Leah, fazê-la voltar a acreditar nas cores que a vida tem. Mostrar que podemos renascer após uma situação traumática.

É através de pequenas coisas no dia a dia que Axel vai conseguir ajudar Leah.

Perda, dor e superação. É este o caminho que Leah tem de percorrer para voltar a ser o que era antes de tudo acontecer. Curar as feridas e permitir-se voltar a ser feliz.

À medida que Leah vai iniciando este processo de cura, há outros sentimentos que vão ressurgir, sentimentos que se pensavam esquecidos.

Tudo o que nunca fomos aborda de uma forma muito delicada temas como a ansiedade, a depressão e a perda e os efeitos nefastos que estes problemas podem causar. Porém, também nos traz uma mensagem de esperança. Mostra-nos que a superação é possível e que a esperança reside onde menos esperamos.

O final do livro deixa toda a história em aberto pois haverá uma continuação. Espero que chegue cedo porque preciso de encerrar esta história com um final feliz.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Recomeçar Again – Mona Kasten

  Liberdade. Este é o propósito de Allie Harper quando muda de cidade e de vida. Allie sonha com este dia há muito. O dia em que finalmente se torna independente e recomeça um novo ciclo da sua vida. Porém, Allie precisa de uma sitio para morar, várias são as casas que visita, mas só uma parece ser a certa. O apartamento de Kaden White. Kaden é intragável, à primeira vista e talvez à segunda e à terceira. Ele dita um conjunto de regras que terão de ser respeitadas para a vivência de ambos. Contudo, há sentimentos à espreita e nem sempre será fácil respeitar os limites. Esperava mais desta leitura. Tanto pelas opiniões que já tinha ouvido, como pelo romance em si, pois quem consegue resistir a um bad boy mas com um coração do tamanho do mundo? Tal não se verificou. Achei a história muito fraquinha e demasiado previsível. Os personagens têm pouca densidade e, quase sempre, vivem num melodrama diário. Apesar de ser um YA, pende exageradamente para o young. Creio que a ún...

O dia em que perdemos a cabeça - Javier Castillo

O título e a capa deste livro contribuem para nos interessarmos, desde logo, por esta leitura. As cores, a imagem e o jogo de palavras sugerem uma aura de mistério que estará, de facto, presente ao longo de toda a narrativa. O dia em que perdemos a cabeça é uma alusão literal e psicológica que toma parte de toda a ação do livro. Nesta narrativa confluem três ações diferentes que tem lugar em espaços e tempos diferentes. Estas ações são delimitadas pela alternância de capítulos. Os capítulos são curtos e muito intensos o que acaba por deixar o leitor muito atento e sedento de mais história. A premissa “principal” é insólita. Um homem caminha nu com uma cabeça na mão no dia 24 de dezembro. As teorias surgem, de imediato e à velocidade da luz. Somos arrastados para uma atmosfera de mistério, sem que inicialmente, consigamos perceber muito. Como seria de esperar, e sem oferecer resistência, este homem é preso e levado para interrogatório. A investigação posterior é conduzida pelo ...