Quando vi a sinopse deste livro achei que fosse mais uma
história cheia de drama e clichês mas não podia estar mais enganada. Este livro
foi uma agradável surpresa porque aborda temas difíceis de uma forma suave e
bonita.
Leah e Oliver veem a sua vida virada do avesso quando os
pais morrem num acidente de carro. As consequências são devastadoras e muito
diferentes em ambos. Oliver “obriga-se” a crescer e mascara a dor através das
responsabilidades assumindo a posição de tutor da irmã, ao passo que Leah,
mergulha num estado de isolamento e de profunda apatia.
Leah que sempre adorou pintar a vida de todas as cores,
deixa de o fazer.
Com contas para pagar e com a responsabilidade de garantir
um futuro para a irmã, Oliver aceita uma proposta de trabalho longe de casa. Axel,
o melhor amigo de Oliver, aceita “tomar conta de Leah” durante a sua ausência.
Axel tem agora uma missão. Resgatar Leah, fazê-la voltar a
acreditar nas cores que a vida tem. Mostrar que podemos renascer após uma
situação traumática.
É através de pequenas coisas no dia a dia que Axel vai
conseguir ajudar Leah.
Perda, dor e superação. É este o caminho que Leah tem de
percorrer para voltar a ser o que era antes de tudo acontecer. Curar as feridas
e permitir-se voltar a ser feliz.
À medida que Leah vai iniciando este processo de cura, há
outros sentimentos que vão ressurgir, sentimentos que se pensavam esquecidos.
Tudo o que nunca fomos
aborda de uma forma muito delicada temas como a ansiedade, a depressão e a
perda e os efeitos nefastos que estes problemas podem causar. Porém, também nos
traz uma mensagem de esperança. Mostra-nos que a superação é possível e que a
esperança reside onde menos esperamos.
O final do livro deixa toda a história em aberto pois haverá
uma continuação. Espero que chegue cedo porque preciso de encerrar esta
história com um final feliz.
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