Este livro conta-nos a bonita
história de amor entre Lale e Gita que nasce num cenário improvável e desolador.
Contamos já com muitos livros que exploram a
temática do Holocausto, alguns, numa vertente mais factual, outros, numa
vertente mais ficcionalizada.
Este romance, em particular, foi escrito
através do olhar de Ludwig Eisenberg que, em
1942, é obrigado a ir para o campo de concentração de Birkenau.
Desde cedo, invadido por um espírito de otimismo e de sobrevivência, faz uma promessa a si próprio, sair vivo daquele sitio. A partir desse momento, toda a sua jornada tem como objetivo viver um dia de cada vez, mas sempre com os olhos postos num futuro risonho e feliz. Lale tenta, de forma original, levar a sua missão a cabo. Com um jeito humilde e cativante, trava amizades com algumas pessoas que o vão ajudando.
Mas o segredo da sua luta
reside no amor correspondido. Apesar da miséria que assola cada centímetro
daquele campo de concentração, Gita representa a esperança num futuro melhor. É
por ela que Lale se vai movendo no tempo e no espaço.
Se até então víamos um Lale
corajoso, após conhecer Gita, ele torna-se ousado. Arrisca a própria vida,
vezes sem conta, para proteger e cuidar da sua amada.
Particularmente, custou-me um
bocadinho ler este livro porque achei algumas situações inverosímeis e os
diálogos perpassam alguma superficialidade e, arrisco dizer, alguma
infantilidade.
A nível temático, esperava
mais originalidade e novidade pois trata-se de um tema muito saturado. Ao seu nível mais formal, achei a escrita pouco densa e
os personagens pouco aprofundados.
Apesar de constituir um
clichê, o final é feliz. O leitor acaba
por sentir alguma satisfação, face às circunstâncias. O epílogo escrito pelo
filho de ambos também é um ponto muito positivo do livro, principalmente porque
confere e confirma a grandeza de caráter destes dois jovens apaixonados.
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